05 – K7’s, vídeos e rádio pirata…

A máquina propagandista socialista está bem oleada, mas parece que alguns dos seus principais componentes tardam em engrenar.

As cassetes, hoje em dia substituídas pelos DVD’s, parecem passar de mão em mão, ao bom velho estilo da contra-espionagem britânica em plena era da cortina de ferro. Segredos macabros neles registados transitam de office em escritório, na esperança de ou alguém se salvaguardar no futuro, ou de alguém vir a retirar os devidos dividendos pelo esquecimento deles no fundo de uma gaveta lusa qualquer.

Os vídeos tornaram-se cada vez mais elaborados e sofisticados, sendo agora requisitados pequenas horripilantes peças propagandísticas a uma qualquer produtora de vão de escada.

Aquilo que começou com figurantes menores contratados para aparecerem na televisão em horário nobre nacional, representando uma orquestrada farsa académica com requintes de mesquinhez, evoluiu para dimensões épicas nunca antes almejadas. Faz uns anos atrás, as crianças eram pagas para simularem a recepção dum prometido Magalhães, tendo que assim que a câmara desligasse, de devolverem o brinquedo. Nada que umas palmadinhas nas costas dos meninos, um muito obrigado do Engenheiro Pinto de Sousa e um cheque no bolso dos pais não resolvesse. Hoje em dia, nem isso… Actualmente, usam e abusam das imagens de crianças sem o consentimento de ninguém, e utilizam-nas no tempo de antena cor-de-rosa. Depois, dizem que pensavam que os pais soubessem para que propósito estas tivessem sido recolhidas. Das duas uma: ou a crise mundial finalmente bateu à porta do Rato levando-os a que roubem este direito de imagem, ou então começa a ser o único modo de registarem apoiantes da sua causa – inocentes crianças no sempre estilo enganoso dos “apanhados”.

Já na rádio pirata esta parece uma versão rosada do alaranjado “Flying Dutch”. Intrépidos capitães, de fazer corar o Gancho ou Barbarossa, assumem os desígnios de pesos pesados como o Antena e traçam-lhe o rumo do 2º mandato, impelido pelo dinheiro dos saques públicos ao comum contribuinte. Por entre os saques, alguns capitães ainda arranjam tempo para escreverem obras de valor bastante questionável como “O Menino de Ouro do PS”…

São os sinais do tempo, em que os audiovisuais assumem um papel primordial na performance de inaptos políticos com cabais provas da sua incompetência. Nos bastidores, cozinham-se os vídeos, sons e imagens a passar cá para fora. Existe a lei da rolha, do não falar antes que se borre a pintura, já que as eleições estão bem perto e as asneiras mais que muitas. Promove-se o playback, imortalizado por Carlos Paião: “Podes não saber cantar, nem sequer assobiar, com certeza que não vais desafinar, em playback”!

A realidade levou-nos a desconfiar até da própria sombra. Vemo-nos a duvidar de cada fotograma, paramos sucessivamente as imagens para nos assegurarmos que as sombras condizem com a massa dos objectos; que não existe um Photoshop metido à pressão e levamos ao extremo a velha máxima do poster de Fox Mulder: “the truth is outhere”!

 

Diogo s.

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