08. Juventude e Associativismo

LINHAS PROGRAMÁTICAS PARA AS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS DE 2009

Aprovado pela CPS – JSD em 31 de Janeiro de 2009

(Continuação)

8. Juventude e Associativismo

Após uma reflexão realizada pela Comissão Política da Secção I, nós Jovens Sociais Democratas podemos afirmar que Portugal sofre nos dias que correm um problema que poderá ser decisivo para o desenvolvimento do País, um problema de participação democrática. Esta questão é de conhecimento geral, visto que a mesma já foi no passado discutida por muitos em diversos fóruns de debate. Contudo, até à data ainda nada foi implementado de forma a reverter este grave deficit de participação na causa pública pelos nossos Jovens.

Esta situação com que nos deparamos, a nosso ver, vem ao encontro do facto de que a realidade com que a nossa sociedade se depara, ser desfasada com aquilo que nos é ensinado. Visto que é actualmente mais fácil opormo-nos à participação política quando nela nunca fomos participantes activos, ou quando a experiência que dela temos não passa da pobre informação jornalística que recebemos dos meios de comunicação que pouca credibilidade apresentam no seu conteúdo informativo.

Tendo isto, nós verificámos que é fulcral adoptarmos uma política activa no que concerne à sensibilização dos jovens, por isto a Comissão Política da Secção I vem propor as seguintes medidas abaixo mencionadas no âmbito da Juventude e do Associativismo.

• Efectuar um benchmark sobre os jovens e os seus gostos para que se possa criar um role de actividades, iniciativas e benefícios que poderão ser acedidos através de um cartão especial, “Cartão do Morador Jovem” onde o seu possuidor terá acesso a redução de custos de participação e até mesmo a isenção de qualquer pagamento respeitante à actividade em causa. Este mesmo cartão deverá ter acesso a diversos descontos junto do comércio tradicional e assim criar novos hábitos de consumo nos jovens.
• Criar o “Gabinete de Apoio Jovem” da área de jurisdição da nossa secção para que assim a franja jovem pudesse ser assistida a uma só voz.
• Com o objectivo de criar incentivos para a permanência de jovens nas freguesias deve ser criado um sistema de atribuição de Bolsas de Mérito pelos resultados escolares alcançados pelos jovens. 
• Proporcionar a criação de vínculos sociais entre os jovens, aproveitando as suas origens e referências comuns para a construção individual de cada um. Este tipo de iniciativas estarão abertas a qualquer pessoa que queira participar, não sendo com isto impeditivo da sua participação por motivos de área de residência, género ou idade.
• Criar um espírito de incentivo ao Associativismo Juvenil, através da constituição de estímulos, para que o mesmo se torne uma arma activa na defesa crítica e objectiva dos factores preponderantes da vida dos jovens de Lisboa. 
• Instituir uma política fixa e contínua de formação de Dirigentes Associativos visto que nos dias de hoje urge a necessidade imediata de intervenções de qualidade das nossas associações tanto a nível quantitativo como a nível qualitativo dos problemas fracturantes da sociedade civil. Para que assim os jovens possam estar cada vez mais cativados pelos problemas da nossa sociedade e desta forma ter uma palavra activa nos desafios com que nós hoje nos deparamos.
• Edificar uma política transparente de incentivos ao associativismo que perdure ao longo dos anos, devidamente regulamentada, por parte de cada autarquia que além de definir os limites e as formas de financiamento das associações e suas actividades, permita que as mesmas possam ter uma longevidade sustentada na sua intervenção pública solidificando desta forma a sua marca na comunidade onde se encontra estabelecida. 
• Deve ser atribuído a representação autárquica às Associações de Estudantes e às Associações Juvenis através da atribuição de um lugar nas Assembleias de Freguesia, não tendo, contudo, as mesmas direito de voto. Para tal, devem as Assembleias convocar os representantes das Associações de Estudantes e/ou Associações Juvenis. Com esta medida pretende-se criar assim a possibilidade do contacto importantíssimo com os problemas locais, ganhando-se experiência no debate e responsabilidade nas decisões.

 

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