TGV – do francês train à grande vitesse, é o comboio de alta velocidade francês, sendo um símbolo nacional na França e, até ao momento, o comboio de grande velocidade de maior sucesso na Europa.
Passando este mandato socialista em revista, podemos balizar a sua acção governativa primeiramente com a vontade inapelável de legalizar a interrupção voluntária da gravidez, até ao famoso TGV. Qual a semelhança entre a IVG e o TGV? Ambos estão mortos à nascença.
Este governo caracteriza-se sobretudo pelo show off, de medidas que dão muito que falar ao causar celeuma na sociedade, mas sem traduzir na mesma grandeza resultados na economia real. Desde o aborto (ou politicamente correcta IVG), casamento homossexual, a nova lei do divórcio, etc. Sempre que as coisas aquecem numa qualquer área da política nacional, nada melhor que espicaçar a Igreja Católica para desviar as atenções. Longe vão os tempos em que as medidas polémicas eram tornadas públicas no dia do rescaldo dos grandes clássicos futebolísticos!
Contudo, este dossier TGV preocupa. Não eram as rosinhas as fervorosas opositoras da outrora denominada “política do betão cavaquista”, quando o país se encontrava realmente atrasado neste capítulo?
O país não está contra o TGV, mas sim contra o timing em que o mesmo é proposto. Quem se interesse por economia, sabe que projectos de grande envergadura em países de pequena economia como Portugal, trarão no curto prazo uma grande fuga de capitais para o exterior, ao contrário da captação de capitais desejável em tempos de gravíssima crise financeira com resultados ainda imprevisíveis (ajuda-nos Peter Schiff).
Tratando-se de projectos únicos na sua génese, a maior parte da tecnologia será importada, assim como um bom número dos máximos engenheiros encarregues pelas linhas gerais. Juntamos a estes, parte das matérias-primas e maquinaria específica na elaboração da obra. Somam-se ainda, os próprios comboios totalmente produzidos no exterior. Não podemos descurar os empréstimos contraídos junto a entidades bancárias estrangeiras e os juros a eles associados. Para finalizar, encontramos aquele que é o principal argumento deste governo para o projecto: o emprego criado. Serei só eu a ver que os milhares de postos de trabalho gerados, são postos de trabalho de mão-de-obra não qualificada, na sua maioria composta por cidadãos estrangeiros sem qualquer tipo de conotação pejorativa, que no final do mês enviam as suas poupanças para a sua terra natal a fim de concretizarem o real propósito da sua vinda? Mas que raio de governo é este, que tão depressa promove a escolaridade mínima obrigatória para o 12º ano, como tão rapidamente quer atirar os jovens novamente para as obras? Não existe nada de errado em trabalhar nas obras, mas sim nesta política socialista claramente indefinida, fazendo com que todas as decisões pessoais oscilem consoante a vontade rosinha.
Resumindo, no curto prazo é só sair, sair, sair, sair, sair, sair e sair dinheiro de Portugal para o estrangeiro, sem nenhum entrar. Quando vai entrar? Daqui a uns 10 anos – se tudo correr bem e após as tradicionais derrapagens financeiras lusas. Resta saber se daqui a 10 anos, e pelo andar da carruagem socialista, ainda reste algo passível de ser visitado pelos estrangeiros neste pedaço de terra à beira mar plantado. Por entre o TGV, novo aeroporto, nova travessia sobre o Tejo e novas concessões rodoviárias, serão €1.500.000.000 anualmente pagos durante 30 anos!
Em períodos de boa conjuntura económica, estes projectos poderão ser bem-vindos, contudo em períodos de enorme incerteza, deverão ser colocados na gaveta em stand by, aguardando pela altura certa. E esta, seguramente, não será a altura certa.
Diogo S.
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